terça-feira, 21 de maio de 2024

Ruínas Romanas: Muralha de Adriano na Inglaterra (Ano 122) 🌍


Ruínas Romanas:
Muralha de Adriano
Inglaterra
(Ano 122)

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A Muralha de Adriano (em latim: Vallum Aelium) é uma fortificação construída principalmente em pedra e madeira, no norte da Inglaterra, aproximadamente na atual fronteira com a Escócia. Foi assim denominada em homenagem ao imperador romano Públio Élio Trajano Adriano, que ordenou a sua construção. É a primeira de duas fortificações construídas na Grã-Bretanha, a segunda sendo a Muralha de Antonino, menos conhecida, porque seus vestígios são menos evidentes hoje.


Iniciada em 122 e concluída em 126, constitui-se na mais extensa estrutura deste tipo construída na história do Império Romano.


O Império Romano encontrava-se em expansão no século II, com as novas conquistas de Trajano e anexações das províncias da Dácia e da Mesopotâmia, mas começavam a surgir indícios da crise. Logo o imperador Adriano (que governou entre 117 e 138) compreendeu que manter a expansão em todas as direções do Império era inviável. Conhecendo as ameaças na fronteira da Britânia, optou por manter o que já havia sido conquistado. Assim, determinou que se iniciasse a construção de uma muralha, estrutura defensiva com a função de prevenir as surtidas militares das tribos que habitavam a Escócia - os Pictos e os Escotos (denominados de Caledônios pelos romanos) -, e assinalar o limite ocidental dos domínios do Império.


Estudiosos também discordam sobre o quanto era uma ameaça real a terra pouco povoada do norte da Britânia (Escócia), e se houve qualquer vantagem econômica na defesa e guarnecimento de uma linha fixa defensiva como a muralha, em vez da conquista e anexação do território. Segundo o historiador grego Apiano, a Britânia teve muito pouca relevância econômica para o Império. Outra explicação possível para a construção da muralha é o grau de controle que ela teria fornecido sobre a imigração e o contrabando. Com torres de vigia apenas a uma curta distância patrulhando legionários, Roma teria sido capaz de manter o controle da entrada e saída de nativos e cidadãos romanos, além de cobrar taxas alfandegárias e verificar as atividades de contrabando.
Outro ponto de vista é que a muralha separava simbolicamente o mundo civilizado (romano) do mundo "bárbaro", demonstrando assim a soberania e o poder romano.


Originalmente a muralha de Adriano se estendia por cerca de 80 milhas romanas, equivalentes a 73,5 milhas (cerca de 118 quilômetros), desde o rio Tyne até ao Oeste da Cúmbria. A construção foi feita pelos próprios soldados das legiões romanas: cada "centúria" era obrigada a levantar a sua parte da muralha.


A muralha foi erguida sobre a terra, em aparelho maciço de pedra e turfa, com 4,5 metros de altura por 2,5 metros de largura. O seu topo era percorrido por uma estrada de 1 metro de largura, com o fim de facilitar as comunicações e os transportes. A cada distância determinada havia uma torre de observação, e a cada distância maior existiam quartéis para as tropas de guarnição, tal como no modelo sistemático que os romanos consolidaram para as suas fronteiras.
Muitas estradas e fortificações, que em diversos casos se tornaram cidades, foram construídas baseadas na rota desta muralha, acentuando a importância da muralha e beneficiando o contato entre diversos pontos do território.


Após a morte de Adriano, no ano de 138, o novo imperador, Antonino Pio, abandonou a muralha, deixando-a em um papel de apoio, e começou a construir uma nova muralha chamada de Muralha de Antonino, cerca de 160 km (99 milhas) ao norte, mais fortificada do que a anterior. Antonino não foi capaz de conquistar as tribos do norte. Então, seu sucessor Marco Aurélio abandonou a Muralha de Antonino e reocupou a Muralha de Adriano como a principal barreira defensiva, em 164. A muralha permaneceu ocupada por tropas romanas até que estas se retiraram da Grã-Bretanha no início do século V.


No início do século V, com as invasões bárbaras, o declínio econômico e os golpes militares, os romanos perderam o domínio na Grã-Bretanha. Com o tempo a muralha foi abandonada e caiu em ruínas. Ao longo dos séculos, suas pedras e outros materiais foram reutilizados em outros edifícios próximos.


Grande parte da muralha desapareceu. As seções ao longo dela foram usadas para a construção de estradas no século XVIII. A preservação de muito do que resta pode ser creditado a John Clayton, um advogado que se tornou secretário municipal de Newcastle em 1830. Após uma visita a Chesters (o forte romano de Cliturno), ele se interessou pela magnitude e história da construção e resolveu preservá-la. Para evitar que os agricultores da região tomassem as pedras da muralha, começou a comprar alguns dos terrenos em que partes da muralha ainda estavam de pé.
Operários trabalharam para restaurar partes dos muros. O melhor exemplo do Muro de Clayton está em Housesteads. Após a morte de Clayton, a propriedade ficou para seus parentes e logo foi perdida, devido a dívidas de jogo. Por fim, o "National Trust" da Inglaterra começou o processo de aquisição do terreno.


Em 1987, a Muralha de Adriano foi declarada como Patrimônio Mundial pela UNESCO. O English Heritage declarou que a considera o monumento mais importante construído pelos romanos na Britânia ("the most important monument built by the Romans in Britain").
Turismo
A partir da declaração da UNESCO, as regiões onde há resquícios da muralha investiram no turismo. Diversos websites ingleses contam parte da história da muralha e explicam as melhores opções para se visitar o monumento. Parte do passeio pode ser feita caminhando ao longo do Hadrian's Wall Path ("Caminho da Muralha de Adriano").










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