segunda-feira, 31 de maio de 2021

Múmias pelo Mundo: Jeremy Bentham


Múmias pelo Mundo:
Jeremy Bentham

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O corpo vestido de Jeremy Bentham, coberto de feno e com uma cabeça de cera, em exposição na University College, em Londres. O filósofo inglês, falecido em 1832, pediu para ser preservado como um 'memorial vivo'.
FOTO DE BRUCE DALE, NATIONAL GEOGRAPHIC CREATIVE

Jeremy Bentham foi um filósofo inglês, economista, jurista e pai da teoria ética chamada de utilitarismo. Sua biografia é lembrada até hoje, entretanto, alguns fatos ocorridos nela são bem estranhos para a época em que viveu. Um dos episódios envolvem o fato de ter deixado prescrita certas instruções sobre o que deveriam fazer com o seu cadáver após a morte, ocorrida em 1832. Ele desejava ser um “ícone automático” depois de falecido, onde conseguiria ser levado às festas caso seus amigos sentissem sua ausência.
Tal desejo se correlaciona a sua oposição aos enterros cristãos, pois era ateu e via os ensinamentos da igreja como uma tolice, algo retrógrado. Por isso, esse combate e o desejo de que outras pessoas tivessem a mesma concepção, a de doar seus corpos para o estudo da medicina, de poder ser útil para além da vida.
Seus desejos foram acatados, embora certos detalhes tenham fugido daquilo que foi planejado. Seu cadáver foi preservado e disponibilizado para exibição na University College London, devidamente como queria. Mas, sua cabeça não. O órgão passou por um processo de mumificação da forma que não pretendia. Bentham havia requisitado que ela fosse conservada igual faziam os maoris (neozelandeses nativos). Contudo, seu amigo, o Dr. Southwood Smith, não era profissional ao ponto de conseguir desempenhar com excelência a realização do procedimento solicitado.
Assim, o resultado não saiu do jeito requerido, e a cabeça não ficou adequada para a exposição. Motivo pelo qual se fez necessário encomendar uma em modelo de cera para substituir a peça real. A fictícia foi colocada no “ícone automático”, que nada mais é do que o esqueleto real de Bentham com suas respectivas roupas, localizado numa caixa no claustro do sul da universidade.
Além disso, seu crânio chegou a ser sequestrado por estudantes de uma faculdade rival da King's College, em Londres. O que acabou resultando na aplicação de uma medida protetiva, tal qual colocá-la num lugar secreto e seguro de conservação. Para isso, sua pele foi desidratada com ácido sulfúrico visando conseguir estabilidade, porém como nada é para sempre, seus cabelos inevitavelmente têm caído com o excesso dos dias.



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